03/01/2015

[QUADRO] [RESENHA] Perdão, Leonard Peacock

O que essa imagem tem haver com o post? Nada, porém eu quero colocar -q

Olá Selinators, como vão (não se acostumem, não sou sempre educada assim –risos)? Eu espero que estejam bem, hoje eu trago-lhes uma resenha sobre o livro que li há pouco tempo. Perdão, Leonard Peacock. É uma obra do autor Matthew Quick, o mesmo autor de O Lado Bom da Vida. Ela ficou um pouco grande, do que de costume, mas sem mais delongas, vamos para a resenha!


 ”Primeiro eles o ignoram, depois riem de você, em seguida lutam com você, e então você ganha.” 


Sinopse: hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich. Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um virtuose do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto. Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto.

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O livro me prendeu logo no início. De alguns anos para cá, a literatura juvenil não me agrada tanto como em outras “épocas”. Soube dele por indicações de amigos, todos eles falaram bem do livro, disseram que era extremamente interessante e eu achei um exagero. Eu estava errada. A obra lembra muito a escrita do famoso escritor americano John Green, com toda a certeza, mas o livro do começo ao fim é bom. Já é de se perceber que Green não sabe escrever finais ( se vocês leram algum de seus seis livros, se não me engano. devem saber do que estou falando). No caso da obra citada, nos vemos que a cada capítulo algo novo e interessante acontece na trama, mas não que seja o melhor final que já li.

O livro abrange várias questões interessantes, citas diversos filmes e livros e nos deixa com aquele “gostinho de quero mais”.  A personagem de Matthew, Leonard, foi muito bem pensada (mesmo sendo aquele típico adolescente dos romances atuais), uma personagem muito inteligente, sarcástica, porém carismática para o leitor, você se “gruda” a Leonard, do começo ao fim você o entende, entra em sua mente e o que no início poderia ser mais um drama adolescente se torna um verdadeiro pesadelo para quem se entrega a leitura.

Além da vida de Leonard, aparecem nos livros várias cartas do futuro, que o professor de Peacock, Herr Silverman, as pediu para serem escritas. As cartas do futuro foram óbviamente escritas por Leonard e relatam o que ele gostaria que acontecesse em seu futuro. Nas cartas, o mundo está alagado (como nas previsões de Al Gore), milhares de pessoas estão mortas e Leonard vive em um farol com sua filha, esposa, alguns “soldados” e seu animal de estimação exótico, um golfinho. O futuro descrito por Matthew é, para nós, horrível, mas para Leonard, não poderia ser melhor. A felicidade está nas pequenas coisas, para ele. O motivo de gostar bastante de seu futuro, talvez seja pela razão de que sua juventude não tenha sido lá essas coisas. Esse foi um ponto que me deixou intrigada, eu nunca ouvi falar destas cartas e me perguntei o que eram elas nos livros. Aparecem várias delas, todas feitas por Peacock que são bem reais e me deram a impressão de já serem do futuro.

O fato de Leonard não terminar o que começou me deixou frustrada. Por não ter acontecido o que eu esperava em várias partes do livro, de imaginar que algo seria feito, mas no fim não foi nada como esperado, foi um dos pontos em que o livro se mostrou ser bom. Ele é misterioso e você pode tentar descobrir o desenrolar da história, mas no final verá que não aconteceu como você pensou. Vemos o quão fraco Peacock era. O quão necessitado. Tudo o que ele sempre quis foi atenção. Ele clamava pela atenção de todos ao seu redor e isso foi o que não conseguiu.

O final é surpreendente, tudo que aconteceu durante o livro todo, não teve sentido algum no final, e isso, no meu ponto de vista, não é tão bom. Claro, é um ótimo final, mas um final vazio.

Este foi o primeiro livro que li do Quick, pelo o que li, vi que este é um ótimo escritor. Ele detalha tudo o que precisa ser detalhado (assim, não ficando uma leitura chata como a de Harry Potter, O Senhor dos Anéis, enfim), destacando pontos importantes que, se ler com atenção, você lembrará no final. Já li livros melhores? Sim, porém este é um bom livro. É cativante, emocionante, surpreendente, respectivamente. Matthew Quick é um ótimo escritor e suas idéias são geniais. Para um leitor iniciante, este seria o livro perfeito para apaixonar-se pela leitura. Recomendo que leia sem medo do que irá achar. Se apegue a leitura, viva cada palavra intensamente e se tornará mais um na sua lista de favoritos. Desde já, recomendo o livro e as outras obras de Quick, boa leitura.

"A chave é fazer algo que marque você para sempre na memória de pessoas comuns. Algo que importe"

Um comentário:

Unknown disse...

Adorei as frases em destaque! Este livro despertou meu interesse. Especialmente pelo autor, já li "O lado bom da vida" e adorei. :)